SONHO




SONHO

Trago no peito
o velho sonho
Sonho de bravo, de guerreiro
que se agarra aos quatro ventos
Transcende o tempo – cortado pelo tempo.

Sonho este que me faz herói
 das ilusões/
Encanto cristalizado/
Intocável/

Ora torna-se manso,
como o canto sereno da lua.

Reluzindo o brilho de uma
Estrela oculta no céu.

Frágil criatura
Em que, no peito, pulsa um sonho,
Acompanhando o compasso
De um coração imaturo.

O tempo foi muito
E foram tantos os ventos
que o cortaram.
Tantas foram as águas
Ferozes que caíram,
Que o velho sonho,
naufragado em seu abandono, adormece.

Toda lua
Em toda a noite
É uma canção.
E a brisa ao tocar meu rosto,
afagando os cabelos entrelaçados,
canta a canção do guerreiro,
que transcendeu o tempo-
cortado pelos ventos,
à procura de um
velho sonho de menina.

                       (Iara de Azevedo)


*-*-*-*-*-*-*


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