SONHO
SONHO
Trago no peito
o velho sonho
Sonho de bravo, de guerreiro
que se agarra aos quatro ventos
Transcende o tempo – cortado pelo tempo.
Sonho este que me faz herói
das ilusões/
Encanto cristalizado/
Intocável/
Ora torna-se manso,
como o canto sereno da lua.
Reluzindo o brilho de uma
Estrela oculta no céu.
Frágil criatura
Em que, no peito, pulsa um sonho,
Acompanhando o compasso
De um coração imaturo.
O tempo foi muito
E foram tantos os ventos
que o cortaram.
Tantas foram as águas
Ferozes que caíram,
Que o velho sonho,
naufragado em seu abandono, adormece.
Toda lua
Em toda a noite
É uma canção.
E a brisa ao tocar meu rosto,
afagando os cabelos entrelaçados,
canta a canção do guerreiro,
que transcendeu o tempo-
cortado pelos ventos,
à procura de um
velho sonho de menina.
(Iara de Azevedo)
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